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As crianças portuguesas são as que menos usam as bicicletas para irem para a escola

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Crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 9 anos foram questionadas com o objetivo de se perceber a forma como estas se deslocam para a escola. O estudo, realizado entre 2015 e 2017, teve lugar em: Portugal, Espanha, Roménia, Bulgária, Croácia, França, Polónia, Lituânia, Dinamarca e Letónia.

Apenas dois dos dez países europeus envolvidos nesta investigação tiveram metade ou mais dos entrevistados a afirmarem que as suas crianças vão para a escola de bicicleta ou a pé – Espanha com 52% e a Roménia com 50%. O uso de veículos motorizados neste contexto é, no entanto, mais frequente em Espanha (44%) do que na Roménia (32%).

Podemos mesmo especificar que a Roménia foi, dos dez países participantes, aquele que teve menos pessoas a assumirem o uso de veículos motorizados nas deslocações entre casa e escola. Assim como aconteceu com os croatas, apenas 32% dos romenos entrevistados revelaram ter esse hábito.

Sobre a Croácia temos também de partilhar que 42% dos entrevistados disseram que os mais novos vão para os seus institutos de ensino a pé ou de bicicleta e 25% afirmaram intercalar as viagens em veículos motorizados com as viagens a pé ou de bicicleta.

No caso da Roménia há 18% das crianças que tanto vão para a escola de bicicleta ou a pé como, por vezes, fazem essas mesmas viagens em veículos motorizados. Um dado que veio sustentar a primeira conclusão que tirámos deste estudo: a Roménia é o país da Europa que menos prejudica o meio ambiente com as deslocações das crianças para a escola.

Para completar a lista dos países em que mais crianças vão para as aulas de bicicleta ou a pé do que em veículos motorizados falemos da Bulgária. Neste território europeu 45% das crianças optam pelas bicicletas ou por irem a pé, enquanto 34% recorrem aos veículos motorizados. Os restantes 21% afirmam que tanto se deslocam de uma maneira como da outra.

Os países que mais recorrem aos veículos motorizados

Portugal é o país onde menos crianças pedalam ou caminham em direção à escola (18%). Além disso somos, segundo este estudo, aqueles que mais recorrem a veículos motorizados para levar as crianças aos seus institutos de ensino (76%).

Os restantes 6% dos portugueses inquiridos escolhem intercalar as idas a pé ou de bicicleta com as viagens em veículos motorizados. Nesta última opção ficámos em 9º lugar, apenas à frente de Espanha que teve 3% dos seus participantes a dizerem que fazem um mix entre as diversas formas de locomoção.

No caso de França a maioria dos inquiridos (51%) também assumiu que as suas crianças se deslocam para as aulas em veículos motorizados. Contudo, a quantidade de estudantes franceses que vão para a escola a pé ou de bicicleta chegou aos 40%, um valor bem mais expressivo que o registado em Portugal.

Temos ainda que mencionar os 9% dos participantes de França que garantiram que tanto usam os veículos motorizados como fazem as viagens a pé ou de bicicleta – mais 3% do que o registado no nosso país.

A Letónia é outro dos países em que há mais crianças a irem para a escola em veículos motorizados (46%) do que a pé ou de bicicleta (34%). No entanto, há 20% dos cidadãos entrevistados neste território que alternam entre as duas maneiras de se deslocarem.

As semelhanças entre a Dinamarca e a Lituânia

Através do gráfico resultante desta pesquisa percebemos que os cidadãos da Dinamarca e da Lituânia têm hábitos muito parecidos – ambos os países tiveram 42% dos participantes a dizer que as suas viagens para a escola são feitas em veículos motorizados.

Até ao nível da quantidade de crianças que se deslocam a pé ou de bicicleta estas duas regiões apresentam valores próximos – 37% na Lituânia e 36% na Dinamarca. O mesmo se verifica nos cidadãos que intercalam a idas para a escola em veículos motorizados com as idas a pé ou de bicicleta – 22% na Dinamarca e 21% na Lituânia.

Só nos falta partilhar os dados referentes à Polónia em que 45% das pessoas inquiridas levam as crianças para as aulas em veículos motorizados e 39% preferem ir a pé ou de bicicleta. Os restantes 16% dos polacos entrevistados optam por umas vezes se deslocarem com recurso a veículos motorizados e outras vezes fazerem o trajeto a pé ou de bicicleta.