Publicidade Continue a leitura a seguir

Preços dos combustíveis sobem pela nona semana consecutiva

O que é um barril? Já ouviu a expressão por diversas vezes e até mesmo neste artigo. Mas sabe o que é? Sabe quantos litros leva um barril e o que matéria-prima vem no seu interior? E porque varia o seu custo nos mercados internacionais de forma tão volátil?
Passando a responder, um barril é… sem grande surpresa, um barril! Com capacidade para cerca de 159 litros, a sua extração é efetuada num dos países que compõem a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), com a Europa a adotar o barril de Brent ao passo que os Estados Unidos da América (EUA) têm a cotação dos barris em WTI (West Texas Intermediate).
A diferença do Brent para o WTI explica-se de forma sucinta, de acordo com uma explicação dada pelo Activo Bank há algum tempo: o primeiro tem uma qualidade ligeiramente inferior, dispondo também de um teor de enxofre algo mais elevado (0,37% contra 0,24%), com o refinamento a ser mais simples no segundo. Os pontos de extração de cada um deles também é diferente, com a produção utilizada nos EUA a vir, de grosso modo, do Golfo do México e o Brent a surgir do Mar do Norte (Brent, Forties, Oseberg e Ekofisk (BFOE)).
O WTI é negociado em Nova Iorque. Já o Brent, cuja importância é secundária face ao WTI por ser menos transacionado a nível global, tem negociação em Londres, no Reino Unido, mais concretamente, na ICE Futures Europe. De acordo com dados da Administração de Informação de Energia (EIA) dos Estados Unidos, são produzidos por dia uma média superior a 97 milhões de barris por dia (bpd), com os cinco principais produtores de petróleo a serem responsáveis por quase metade da produção global. (Créditos: Galp)
Porque baixa o preço do barril? A resposta a esta questão está relacionada com a lei da oferta e da procura. Nos anos de pico no preço do petróleo, como por exemplo, em 2008, a razão esteve no aumento da procura de economias emergentes, como a chinesa, havendo ao mesmo tempo um corte na produção imposto pela OPEP. (Crédito: Repsol / Flickr)
A flutuação que seguiu regeu-se, em grande parte, por este equilíbrio entre oferta e procura com base na ascensão de economias emergentes. Em 2012, no auge da crise europeia, chegou aos 111.63 dólares por cada barril, de onde caiu para valores em redor dos 50 dólares por barril. (Crédito: Galp)
Desde então, mesmo as tentativas para um novo corte do preço do barril têm vindo a não conseguir chegar a bom porto, pelo que, atendendo à quebra na procura, o custo do barril se tenha vindo a ressentir. Neste momento, com a mudança de paradigma que já se vai verificando no que diz respeito ao setor dos transportes, que é um dos principais clientes do petróleo, a oferta poderá continuar a manter a sua vantagem face à procura, explicando assim a manutenção de preços ‘por baixo’. (Crédito: Shell/Flickr)
O maior produtor de petróleo no mundo é… Ao contrário do que se poderia pensar, não está no Médio Oriente o maior produtor de petróleo do mundo. Esse epíteto cabe aos Estados Unidos da América, que representou em 2016 um total 15,3% do valor global, extraindo um total de 14.86 milhões de barris por dia (bpd). (Crédito: Repsol/Flickr)
Por outro lado, para países como a Angola ou Venezuela, cujas economias são extremamente dependentes do petróleo, o baixo custo por barril tem consequências económicas importantes, já que se perde assim uma fonte de receita elevadíssima. Cortar a produção do petróleo acaba por ser uma forma de elevar os preços do petróleo, conforme já se tem visto nesta segunda metade de 2017 depois de a OPEP ter chegado a um entendimento para reduzir a produção até março de 2018. (Crédito: Shell/Flickr)

Publicidade Continue a leitura a seguir

Abastecer o automóvel volta a ficar mais caro a partir de hoje, uma vez que os preços dos combustíveis aumentam hoje pela nona semana consecutiva. O aumento ronda os dois cêntimos e os dois cêntimos e meio, com o preço médio da gasolina 95 a ir para os 1,60€ e o do gasóleo a ficar no 1,45€.

O ano tem ficado marcado por aumentos sucessivos no preço dos combustíveis, com o mercado nacional a cotar-se como um dos mais caros em toda a Europa, sobretudo atendendo à elevada carga fiscal que o Estado coloca nos combustíveis. Este aumento de mais dois cêntimos no preço dos combustíveis é justificado com o aumento dos preços do barril do petróleo e dos produtos refinados.

Para encontrar preços tão elevados na bomba de combustível, é preciso retornar a 2014, ano em que o barril do petróleo Brent, que serve de referência para os preços em Portugal, teve um preço médio de 99,03 dólares. À data presente, o barril de petróleo Brent está com um preço em redor de 78 dólares, sendo também preciso notar que depois de um pico mínimo em meados do ano passado, nos 44,35 dólares, o custo do petróleo tem vindo a escalar até aos atuais 78 dólares.