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Porque está o novo Suzuki Jimny ‘predestinado’ ao sucesso

O Suzuki Jimny já vai na sua quarta geração, tendo já quase 50 anos de presença no mercado.
A marca apregoa o espírito de aventura inerente a este conceito e a procura tem sido enorme, sobretudo no mercado japonês, onde o tempo de espera aproxima-se quase a um ano. Face ao desequilíbrio entre procura e oferta, a Península Ibérica vai ter apenas 400 unidades até março...
O Jimny combina de forma muito eficaz a delicadeza de um carro para estrada com a desenvoltura em percursos de TT. A marca nipónica explica que o Jimny está agora “mais prático e funcional” e que mantém intacto o conceito base de ser “o único 4×4, pequeno, ligeiro e sem igual”.
O chassis rígido oferece uma base sólida para os componentes da suspensão durante a condução off-road e ajuda também a proteger a parte inferior do veículo inclusive em superfícies irregulares. Conta ainda com um reforço em forma de‘X’e duas travessas para reforçar a estrutura e aumentar a rigidez torsional. Já a suspensão de eixo rígido foi concebida para condução fora de estrada.
As redutoras incorporadas no seu sistema 4WD e às quais se pode aceder a partir de uma alavanca secundária situada atrás da caixa manual de cinco velocidades. Essa alavanca permite alternar entre os modos 2H (2WD), a 4H (4WD para condução dentro ou fora de estrada) e 4L (4WD – baixa, para percursos sobretudo fora do asfalto).
O desenho do interior foi pensado para ser funcional e sem muitos elementos de distração. O seu estilo interior em negro é simples e os comandos foram desenhados para que se possam manobrar de forma fácil e ágil. Única exceção é o ecrã tátil de 7” para o já conhecido sistema de infoentretenimento da Suzuki, com navegação e conexão aos smartphones graças aos sistemas Android Auto, Apple CarPlay e MirrorScreen.
Construção simples e materiais robustos, com domínio dos plásticos rijos. Além disso, os comandos estão situados na consola central, como os dos vidros elétricos ou o do controlo de velocidade em descida.
O espaço a bordo é para quatro ocupantes, embora as suas dimensões compactas obriguem a uma escolha: ou leva 377 litros de capacidade (mais 53 litros do que o anterior Jimny) ou coloca os dois bancos traseiros em posição de trazer dois passageiros atrás.
É o primeiro modelo da Suzuki a adotar o sistema de reconhecimento de sinais de trânsito, mostrando-os ao condutor no ecrã central do painel de instrumentos para recordar quais os sinais que o veículo passou. O alerta surge no ecrã entre os dois manómetros no painel de instrumentos.
O pequeno Jimny exibe argumentos de peso: o motor 1.5 a gasolina de 102 CV e 130 Nm às 4000 rpm (denominado K15B) dá-lhe genica, mas é nas outras credenciais de todo-o-terreno que ‘brilha’: chassis em escada, ‘três ângulos’ de todo-o-terreno muito bem pensados (37, 28 e 49 graus para ataque, central e de saída, respetivamente), suspensão rígida de três pontos com mola helicoidal e tração às quatro rodas com redutoras equipando sistema AllGrip Pro.
As jantes de liga leve de 15 polegadas contribuem para um visual mais robusto, associando-se às proteções das cavas das rodas, também elas volumosas.

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O novo Suzuki Jimny deverá começar a chegar aos concessionários nacionais durante o mês de novembro, assumindo-se como um paladino da liberdade e das escapadelas de fim de semana. Uma promessa que este todo-o-terreno de dimensões muito compactas parece cumprir na perfeição graças às suas aptidões em pisos de impor respeito.

Com um visual robusto e irreverente, o Jimny de quarta geração tem mesmo um posicionamento muito singular no mercado. Isto porque os seus potenciais ‘rivais’ custam bem mais do dobro do preço deste modelo nipónico, sobretudo se só tivermos em conta as aptidões ‘off-road’. Para se ter algo igual seria necessário ir para segmentos como o da Jeep, mas em que o custo é bem mais alto: o Wrangler Sahara, por exemplo, custa 45.500€ na sua versão de base.

Por tudo isto, o sucesso do Jimny apanhou até a Suzuki desprevenida. No Japão, onde se vende em duas derivações (a Jimny Sierra, idêntica à que se vende na Europa, e uma outra mais estreita que tem as propriedades de um ‘kei car’ local, com motor de 0.66 cc), o novo modelo da marca tem um período de espera que chega a rondar os 12 meses, havendo primeiro a intenção de resolver o problema de oferta para o mercado local. Só depois a Suzuki irá debruçar-se nos demais mercados, sendo que para a Península Ibérica a produção de agosto a março de 2019 é de cerca de 400 unidades – entre Portugal e Espanha.

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Uma posição muito peculiar, mas que tem para a companhia japonesa um fator de ‘dor de cabeça’ com um lado positivo e outro negativo. Por este último, acaba por haver um tempo de espera longo, mas, pelo lado positivo, ao Jimny não existe uma alternativa na verdadeira aceção da palavra, mesmo que outros modelos, como o Dacia Duster 4×4, possam figurar em faixa de preço idêntica.

Para Portugal, o mais acessível fica por 21.483€, aumentando gradualmente para os 23.238 do JLX (25.297€ com a caixa automática) e 25.219€ do Mode 3, o mais equipado. A garantia é de cinco anos.