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A turbulência é perigosa para os aviões?

O que é a turbulência? Começando pelo início (passe-se a redundância), a turbulência é uma perturbação no ar que pode ser motivada por uma de três causas. A primeira é térmica, quando o ar quente se sobrepõe ao ar mais frio, a segunda é mecânica, atendendo ao facto de existir uma estrutura criada pelo Homem ou natural (como uma montanha) que altera a corrente do ar e, por fim, a terceira está relacionada com bolsas de ar que podem até ser criadas com a passagem de outros aviões. Outra causa comum são as nuvens, nas quais podem existir remoinhos de ar. Ora, se o avião consegue voar devido à sustentação, é normal que havendo uma variação no ar também o equilíbrio do avião seja afetado.
“Mas o avião pode cair?” A pergunta pode passar pela cabeça dos passageiros, mas a resposta é: não. Mesmo nos casos mais extremos, os aviões têm estruturas extremamente resistentes e são desenhados com o intuito de suportarem níveis muito elevados de turbulência, conforme explica o piloto Patrick Smith no seu blogue AskThePilot.com, um espaço no qual clarifica muitas das dúvidas comuns relativas à aviação civil.
“Um avião não pode ser virado ao contrário, dar uma 'chicotada' de traseira ou cair do céu até mesmo pela mais temida bolsa de ar ou sopro de vento. As condições podem ser aborrecidas e desconfortáveis, mas o avião não se vai despenhar”, escreveu Smith, que tem vários anos de experiência aos comandos de diversos aviões e que tem um livro sobre os mais variados temas. “A turbulência é um incómodo para todos, até mesmo para a tripulação, mas também é, à falta de um termo melhor, normal”, acrescenta.
As bolsas de ar que causam turbulência podem ser vistas a partir dos radares do cockpit, com os pilotos a poderem adaptar assim o voo. Existem várias formas de tentar lidar com essas noções de turbulência. No cockpit, os pilotos podem abrandar para uma velocidade mais suave que permita ao avião superar a bolsa de ar de forma mais tranquila, reduzindo igualmente as intervenções nos comandos, como explica o mesmo Patrick Smith, que assegura uma total normalidade das operações.
Embora detetáveis nos radares a partir de mudanças na densidade do ar, as fases de turbulência podem também ser comunicadas a partir das torres de controlo ou a partir das indicações de outros aviões que tenham feito aquela rota. Uma vez indicada a existência de uma área de turbulência, os pilotos podem pedir uma alteração de rota ou mudança de altitude, pedidos que nem sempre podem ser garantidos de forma positiva pelo controlo de tráfego aéreo.
Em suma, a turbulência é uma circunstância normal das viagens de avião, devendo ser encaradas como tal e não como um sinal de que algo está mal. Lembre-se que mesmo a turbulência mais forte não irá causar danos suficientes para que o avião caia. Os únicos danos que podem causar são, no entanto, aos passageiros que não tenham o cinto posto ou que estejam de pé, mas mesmo esses casos são raros. E, claro, para o sumo ou café que tenha no tabuleiro se a turbulência coincidir com a 'hora' da refeição...

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Uma grande parte dos passageiros frequentes dos aviões já passou por momentos mais complicados de turbulência a bordo. Para os que já estão habituados, este é um efeito normal de quem viaja no ar, mas ainda assim haverá sempre uma réstia de dúvida que fica: será perigoso para o avião? Poderá a turbulência extrema causar dificuldades sérias à estrutura de um avião?

Percorra a galeria de cima para ficar a saber as respostas a estas duas questões que, se já viajou de avião, certamente lhe passaram pela cabeça.